CONTATO

Miguel Nostradamus (Michel de Notredame), médico, nascido em Saint-Remy, Provença, em dezembro de 1503 e morto em julho de 1566.




E-mail: nostradalto@hotmail.com

quarta-feira, 13 de julho de 2011

PROFECIAS MILENARES

Torres Gêmeas
      Toda vez que a humanidade se aproxima de datas simbólicas é a mesma coisa: Surgem os profetas a interpretar os sinais de que o mundo vai acabar, Alguns pela visão do Juízo Final, quando as trombetas dos anjos soarem no dia ira e das tumbas ressurgirão carne e espírito para prestar contas ao Criador. Outros, como o médico e astrólogo francês Nostradamus, que viveu no século XVI, pela incompreensão dos homens. São dezenas e profecias e centenas de interpretações , mas todos concordam em um ponto: o mundo vai acabar no limiar do terceiro milênio, em um mês de maio, e não será a única tragédia, virá primeiro uma hecatombe ecológica ou climática provocada por um desvio do eixo da Terra, que provocará grandes inundações, incêndios, furacões, terremotos e tornados incontroláveis.Quem escapar ainda vai testemunhar um embate nuclear provocado pelo terceiro anticristo, que profeticamente se chamará Mabus (Napoleão e Hitler teriam sido os dois primeiros) e jogará o Oriente contra o Ocidente numa guerra de exterminação.

 "Aos quarenta e cinco graus o céu queimará. 
O fogo se aproximará da grande cidade nova. 
Num instante a chama se espalhará, 
quando os do norte fizerem a experiência".
Centúria VI-97
    
      As profecias apocalípticas empolgam intérpretes em todo o mundo.m dos mais estudiosos das Centúrias, a coletânea das profecias de Nostradamus escrita em quadras poéticas , o professor americano John Hogues, autor do livro “Nostradamus e o milênio”, acredita que o médico francês não fez nenhuma profecia.Ele apenas se lembrava do futuro por onde havia passeado com a desenvoltura de quem descobrira o túnel do tempo. Outra estudiosa, a professora olores Canon, também americana, que escreveu o livro “Conversas com Nostradamus”, está convencida de que o profeta tinha visões em uma moldura vazia, que funcionava como uma televisão. Pode parecer absurdo, mas os dois estudiosos são levados a sério pelos crentes e os dois livros possuem dezenas de edições, todas elas esgotadas na livrarias. Até porque o profeta francês fez impressionantes previsões que se consumaram. Anteviu a bomba de Hiroshima, a ascensão de Hitler e os fornos crematórios dos nazistas. Sua linguagem, toda ela figurada, entretanto, favoreceu ao longo do século uma série infindável de intérpretes e interpretações. Na Centúria XI-21, por exemplo, a quadra “O autor das desgraças/Começará a reinar/No ano seiscentos e sete/Sangue será derramado”, segundo alguns intérpretes quer dizer que o anticristo provocará a a destruição do mundo em 1987. Para chegar a essa conclusão somaram somaram os números 6, 0 e 7, e chegaram ao número 13, que multiplicado por 607encontrou o número 7891, que invertido pode ser lido como 1987.

Nova York é o símbolo da civilização atual e é uma cidade nova.
Os do norte, que já foram os soviéticos,
hoje podem ser o resultado de uma
associação dos russos com os muçulmanos.
Hitler

   Outra interpretação polêmica da conta de que o holocausto nuclear começará  com uma explosão de um artefato, ou de uma bomba nuclear em Nova York. E esta convicção parte da interpretação da seguinte quadra contida na Centúria VI-97: “A quarenta e cinco graus o céu queimará. O fogo se aproximará da grande cidade nova/Num instante a grande chama se espalhará. Quando os do norte fizerem a experiência”. Segundo outro estudioso de Nostradamus, Richard Doone, autor do livro 05/05/2000, convencionou-se acreditar que a grande cidade nova é mesmo Nova York, pelo que ela representa como principal cidade da civilização atual. Mas, evidentemente é um conceito bastante controvertido. Um dos mais cultuados profetas do novo cristianismo, o bispo irlandês São Malaquias (1094-1148)vê o fim do mundo a partir do incêndio da “cidade das sete colinas”. E a cidade mais famosa com esta configuração é Roma.
      A profecia de São Malaquias é coerente na mediada que ele formulou uma curiosa lista dos futuros papas da Igreja Católica Apostólica Romana fazendo referências ao escudo familiar, lugar de nascimento ou fatos mais importantes do pontificado. Esta lista veio á luz apenas no final do século XVI, em um livro de Arnaldo de Wion, segundo o qual o último dos papas reinará for produzido o fim do mundo. Para os crédulos, Karol Woytila, ou João Paulo II, seria designado na lista como De Labori Solis (Do Trabalho ao sol). Depois dele virá de glória  olivae (Da glória da oliveira) e finalmente Petrus romanus (Pedro o romano). Desde o início da lista, a média de permanência de um pontífice é de sete anos. Como o polonês Woytila assumiu seu pontificado em 1978, a culminação da lista profética se daria exatamente no ano 1999.

Em 6 de agosto de 1945 um avião bombardeio americano, o Enola Gay,
despejou sobre a cidade de Hiroshima a primeira bomba atômica
usada como arma de guerra

      Outra fonte de profecias é a Bíblia, tanto no Velho como no Novo Testamento. As sagradas escrituras entretanto, fazem uma distinção entre duas expressões freqüentes “fim do mundo” e “últimos tempos”. Entre as duas haverá uma grande época de paz, na qual Jesus Cristo reinará absoluto, após sua segunda vinda. Este interregno de felicidade, entre tanto colide com a visão de São João, o mais brilhante dos evangelistas, autor do livro Apocalipse. Sua descrição é aterrorizante e parte da chegada de sete anjos enviados por Deus, para derramar os sete cálices de Sua ira em forma de enfermidades, pragas terrestres e marinhas, colisões planetárias, guerras e um sem fim de calamidades. João não deixa pedra sobre pedra. “Os sobreviventes buscarão a morte, porém não a encontrarão”. “Igualmente dramática é a profecia contida em Isaías (66,15):... “porque vai Yahvé exercer o juízo com fogo e com a espada a toda carne, e serão muitos os que perecerão pela mão de Yahvé”.
Bomba de Hiroshima



 “No Sol Levante um grande fogo se verá, Barulhento e claro na direção do norte Dentro do círculo, mortes e gritos se ouvirão, Com guerra, o fogo e a fome os homens morrerão”
Centúria II-91





      O evangelista Mateus no capítulo 24, versículo 1 de seu Testamento cita uma passagem de Jesus na qual ele revela para quem será o sinal do fim do mundo e quando deverá acontecer: “Cuidado que ninguém vos engane. Ouvires falar de guerras e rumores de guerras; não vos alarmeis, porque é preciso que isso aconteça, porém não será ainda o fim. Pois se levantará povo contra povo e reino contra reino, haverá fome e terremotos em diversos lugares, mas tudo isso será somente o principio das dores”. A Igreja Católica Apostólica Romana faz uso de tempos em tempos da lembrança do apocalipse. Afinal, se o dies irae está próximo, a salvação será irradiada a partir de Roma, é claro. Um dos símbolos católicos mais fortes desta visão do apocalipse é o fenômeno da aparição da Virgem de Fátima. Como se sabe, ela apareceu para três pastores em Portugal em 1917 e fez três revelações. O surgimento do comunismo soviético e a Segunda Guerra Mundial se concretizaram. A terceira, cujo segredo ainda é guardado pela última das pastoras, Lúcia, que ainda resiste viva em um convento português, foi revelada ao papa Paulo VI em sua primeira viagem a Portugal. O impacto foi tão grande que Giovanni Montini chegou a desmaiar. O professor Warren Caroll especialista no estudo do fenômeno de Fátima lembra que difundiu a idéia de que a última revelação dava conta do fim do mundo. Nem Lúcia nem Montini jamais comentaram o assunto.

Em 1978 o xá Rehza Pahlevi foi derrubado 
Aiatolá Khomeini
por uma revolução popular de inspiração religiosa
cujo principal líder, o aiatolá Khomeini, vivia no exílio em Paris



“Chuva, fome e guerra não cessarão na Pérsia
Uma fé muito grande traíra o Monarca
Cujo fim começará na França,
Com um profeta que vive num lugar retirado”
Centúria I-70

      A visão apocalíptica da Igreja incomoda profundamente os chamados teólogos da libertação. O frei brasileiro Leonardo Boff, por exemplo, acredita que se trata de uma típica técnica de dominação ocidental. Ele chama a atenção para o fato de que quando o papa Gregório I redefiniu as datas criando a era cristã, errou em sete anos, o que colocaria hoje a humanidade no ano 2003. “A teologia moderna fala e futuro do mundo. O que tratamos como o fim do mundo, na verdade, pode ser o fim deste mundo ocidental”. Dom Estevão Bittencourt, professor de teologia no mosteiro de São Bento, no Rio, não concorda com Boff: “Deus tem seu plano. Convém deixar os homens sempre na expectativa. Qualquer dia pode ser o último dia”. Para os evangélicos, a Bíblia desautoriza qualquer tentativa de se estabelecer a data do fim do mundo. O pastor Ariovaldo Ramos, da Associação Evangélica Brasileira, lembra que as escrituras descrevem os momentos que antecederiam o Juízo Final: a maldade no universo terá recrudescido, os homens estarão destituídos de fé, haverá guerras e conturbação. “Ou seja, do ponto de vista técnico qualquer momento é o momento do fim do mundo”. Esta rara coincidência entre católicos e evangélicos tem uma razão ideológica: a civilização cristã foi calcada na doutrina salvacionista do Juízo Final.Se não houver um horizonte apocalíptico, dois mil anos de uma civilização marcada pela culpa podem ser colcados no lixo.




“O autor das desgraças
Começará a reinar
No ano seiscentos e sete
Sangue será derramado”
Centúria XI-21

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